quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nunca me esqueci de ti

Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o Cais, Flor do Cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida

É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca
Me esqueci de ti
Eu nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca
Me esqueci de ti


Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a Lua, fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca
Me esqueci de ti
Eu nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca
Me esqueci de ti

(Rui Veloso)

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