quarta-feira, 14 de maio de 2008

O Universo das Possibilidades

Agora, vamos supor que um universo de possibilidades se estende para além do mundo mensurável, incluindo todos os mundos: infinito, gerador e abundante. Liberada no seu dia-a-dia do conceito de sobrevivência diário, livre de pressupostos generalizados de escassez, uma pessoa alcança um grande campo de possibilidades com uma postura aberta, com uma imaginação livre para o porvir.

No reino da possibilidade, conquistamos o conhecimento pela invenção. Decidimos que a essência de uma criança é a felicidade, e assim ela é. Nosso pequeno negócio possui o seguinte letreiro: “A Companhia do Posso-Fazer”, e isto é exactamente o que somos. Falamos com a consciência de que a linguagem cria categorias de significados que abrem novos mundos para serem explorados. A vida aparece em multiplicidade, padrões e movimentos cintilantes, convidando-nos, a cada momento, a participar. A torta é gigantesca, e quando se pega um pedaço, ela fica inteira novamente.

A acção em um universo de possibilidades pode se caracterizar como geradora ou doadora em todos os sentidos da palavra – produzindo nova vida, criando novas idéias, conscientemente dotada de significado, cooperadora, submissa à força do contexto. A relação entre as pessoas e os ambientes é realçada, não as pessoas ou as coisas propriamente ditas. Emoções que geralmente são relegadas à categoria especial da espiritualidade são abundantes aqui: alegria, graça, medo, plenitude, paixão e compaixão.

Há momentos na vida de todos nós em que a experiência da integração com o mundo transcende o âmbito da sobrevivência - como ver o neto pela primeira vez, ser testemunha da quebra do muro de Berlim ou a ascensão de Nelson Mandela, após trinta e sete anos na prisão, pode ter sido um desses momentos. Muitos encontram sua entrada no reino da possibilidade nos grupos religiosos, uns na meditação, outros ouvindo boa música. É comum as pessoas entrarem nesse estado diante de uma beleza natural ou vendo algo de infinita magnitude, o amplo oceano ou um arranha-céu. Estes são momentos em que esquecemos de nós mesmos e parecemos fazer parte de todos os seres.

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