sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Extratos de "Momo" de Michael Ende

"...Às vezes temos uma longa estrada em frente e pensámos como é tão horrosamente comprida, julgando ser impossível chegar-se ao fim..."

"...E então começámos a despachar-nos. E cada vez nos tornámos mais rápidos. De cada vez que levantámos os olhos reparámos que o pedaço de estrada à nossa frente não se torna nada mais curto; esforçamo-nos ainda mais, começamos a ter medo e no final ficámos sem fôlego e sem poder mais. E a estrada lá continua à nossa frente. Não é assim que devemos proceder..."

"...Nunca devemos pensar na totalidade da estrada de uma só vez, percebes? Devemos apenas pensar no próximo passo, na próxima inspiração, na próxima vassourada. E sempre no que se segue..."

"...De repente descobrimos que, passo à passo, percorremos a estrada inteira. Nem sequer reparámos como e nem perdemos o fôlego..."

2 comentários:

Anônimo disse...

Junto-me a ti, para percorrer esta estrada, levando carinho e vassoura :), deixando no entanto desde já e porque não podia deixar de ser,este poema de Miguel Torga,

"Recomeça....

Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças..."

Beijinhos de maça e canela e uma lambidela.

Anônimo disse...

Princesa Kitana (adorei esta parte da tua imaginação - Mortal Kombat), antes de mais tenho que te parabenizar pelo teu blog.
Estes espaços devem ter sido criados para pessoas como tu... Agora que tomei conhecimento dele não vou perder nenhum “escrito” teu... Como nos velhos tempos... Partilha, por favor.

Sobre os extratos de Momo – Michael Ende tem toda razão!!
Os ensinamentos da vida afirmam que quanto mais frenética e desesperadamente buscamos a felicidade e o sentido das coisas, mais rapidamente agitamos um torvelinho de energia de pensamento espiritual, que só levará ao descontentamento, à carência e à ignorância.
Se nos tornarmos mais calmos e abrandarmos a nossa pressa, o medo do desespero desaparecerá e então ouviremos a suave voz da energia do pensamento puro que só deseja orientar-nos.